sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Justiça está sendo feita, precisamos fazer nossa parte, votando em ficha limpa...

ROBERTO JEFFERSON » Delator do esquema do mensalão é condenado por corrupção

O ex-deputado federal Roberto Jefferson, que revelou ao Brasil o esquema do mensalão, não escapou da condenação. No mesmo dia em que ele pediu licença da Presidência do PTB para tratar de um câncer no pâncreas, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal o considerou culpado do crime de corrupção passiva, que prevê pena de dois a 10 anos de detenção. Dois ministros defenderam a redução de pena de Jefferson por ter contribuído para desvender o esquema. Ele admitiu ter recebido R$ 4,5 milhões do PT em troca de apoio político ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além do parlamentar cassado, o STF também firmou maioria para condenar o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP). Ele é o segundo parlamentar ainda no exercício do mandato a ser considerado culpado por corrupção na Ação Penal 470.

Já há maioria para condenar oito réus do mensalão por corrupção no capítulo em análise. Além de Jefferson e Valdemar, foram considerados culpados por esse crime os ex-deputados federais Pedro Corrêa, Bispo Rodrigues, Romeu Queiroz e José Borba e os ex-assessores parlamentares José Cláudio Genu e Jacinto Lamas. Pelo menos seis dos 11 ministros já consideraram culpados por lavagem de dinheiro Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas, Enivaldo Quadrado e Pedro Corrêa. Ao todo, pelos dois crimes, são nove pessoas condenadas.

O ministro Luiz Fux foi o primeiro magistrado a falar publicamente a respeito da possibilidade de redução de pena dos réus que contribuíram com as investigações. O magistrado se baseou nos artigos 13 e 14 da Lei de Proteção a Testemunhas para defender que réus primários que ajudaram a desvendar um crime devem ter pena menor. Esses dispositivos legais mencionados por Fux estabelecem que “o indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores terá pena reduzida de um a dois terços.” A ministra Cármen Lúcia concordou com Fux. “Foi quase uma autoimolação dele (Roberto Jefferson). Com seu silêncio, não se comprovaria nada”, justificou a magistrada.

Depois de os ministros Joaquim Barbosa e Luiz Fux reconhecerem claramente que houve um esquema de compra de votos, Gilmar Mendes reiterou esse entendimento e rechaçou a tese da defesa de que o mensalão não passou de um sistema de arrecadação de recursos de caixa dois. “Essa supostamente inventiva tese do caixa dois propalada como normal e natural no ambiente partidário não se sustenta”, comentou Gilmar, que lembrou que havia dinheiro público no esquema. “Falar em recursos não contabilizados como se tratasse de mera falha administrativa no processo eleitoral é o eufemismo dos eufemismos. Aqui, estamos a falar de outra coisa”, acrescentou o ministro. Apesar de ainda não ter votado nesse capítulo, o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, também mencionou o fato de que a presença de dinheiro público no esquema afasta a tese de caixa dois.

Em seu voto, a ministra Rosa Weber abriu uma divergência que futuramente, na análise dos crimes de corrupção ativa, poderá beneficiar o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente do PT Jose Genoino. No entendimento de Rosa, seguido pela ministra Cármen Lúcia, não houve formação de quadrilha no esquema de mensalão. Para elas, os acusados são apenas coautores do crime.

Antes mesmo da conclusão do julgamento pelo Supremo, Roberto Jefferson licenciou-se por seis meses da Presidência do partido, cargo para o qual foi reconduzido em 19 de julho. Oficialmente, a licença é para o tratamento quimioterápico contra um câncer de pâncreas. Para não perder espaço político imediatamente, ele colocou o atual vice, Benito Gama, como presidente interino. O partido ainda não discutiu o que ocorrerá com Jefferson caso sua condenação se confirme.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

realmente tudo acabou, eles se entende, a nós só nos resta esperar....

26/09/2012 10h58 - Atualizado em 26/09/2012 12h01

Juros bancários de pessoa física são os menores em 18 anos, revela BC

Taxa média das operações foi de 35,6% ao ano em agosto.
Incluindo empresas, taxa média de juros ficou em 30,1% no mês passado.

A taxa média de juros bancários cobrados pelas instituições financeiras em suas operações com pessoas físicas ficou em 35,6% ao ano em agosto, o menor valor de toda a série histórica do Banco Central, que tem início em julho de 1994. Em julho, a taxa estava em 36,2% ao ano.
Do mesmo modo, a taxa média de juros bancários de todas as operações com recursos livres (que não têm destinação específica, como crédito rural ou imobiliário), que inclui pessoas físicas e empresas, também registrou o menor valor de toda a série do BC, que, nesse caso, começa em junho de 2000. Em agosto, os juros médios de todas operações de crédito somaram 30,1% ao ano, contra 30,7% ao ano em julho.
No caso da taxa média que os bancos cobram em suas operações com empresas, ainda segundo números do BC, o valor registrado em agosto, de 23,1% ao ano, é o menor desde julho de 2007 (23% ao ano).
Corte dos juros básicos e liberação de recursos
As reduções das taxas de juros praticadas pelos bancos começou a acontecer após o início do processo de corte dos juros básicos da economia, conduzido pelo Banco Central desde agosto do ano passado. Desde então, em nove reuniões seguidas do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC reduziu os juros de 12,5% para 7,5% ao ano. Um corte de cinco pontos percentuais.
As instituições financeiras, por sua vez, reduziram os juros bancários de pessoas físicas em 10,6 pontos percentuais desde agosto do ano passado, e a taxa média geral (de todas as operações) recuou 9,6 pontos percentuais neste período. Em ambos os casos, os juros bancários caíram mais do que a taxa básica da economia.
Isso está relacionado, também, com o fato de o governo estar liberando recursos que estavam retidos no BC (chamados de compulsório) para as instituições financeiras. Desde o início deste ano, R$ 70 bilhões já foram liberados pelos bancos e, recentemente, a autoridade monetária informou que pretende injetar mais R$ 30 bilhões na economia nos próximos meses. Outro fator que favoreceu a redução dos juros bancários foi a redução do IOF para pessoas físicas de 3% para 1,5% ao ano.
Com a pressão por parte do governo, o movimento de corte mais agressivo dos juros bancários coincide com propagandas das principais instituições financeiras. O primeiro anúncio aconteceu em 4 de abril, por parte do Banco do Brasil, e foi seguido pela Caixa Econômica Federal e por bancos privados, como Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, entre outros. Desde então, houve uma série de anúncios de redução dos juros.
'Spread bancário'
O corte dos juros bancários com intensidade maior do que o recuo da taxa básica, definida pelo Banco Central, tem gerado redução do chamado "spread bancário". Em agosto do ano passado, estava em 34,4 pontos percentuais nas operações para pessoas físicas. No mesmo mês deste ano, somou 27,7 pontos percentuais. Uma redução de 6,7 pontos.
O alto nível do "spread bancário" no Brasil vinha sendo duramente criticado pela presidente da República, Dilma Rousseff, e por integrantes da equipe econômica, como o ministro da Fazenda, Guido Mantega. No início deste ano, Mantega avaliou, após encontro com representantes das instituições financeiras, que os bancos privados têm "margem" para reduzir seu "spread bancário" e, consequentemente, os juros cobrados de seus clientes.
Além do lucro dos bancos, o spread também é composto pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros. Estudo do Ministério da Fazenda mostram que o "spread bancário" brasileiro é um dos maiores do mundo.
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Tudo volta ao normal, menos as promessas..

Termina greve dos bancários na maior parte do país

Funcionários do BB e bancos privados aceitaram proposta; Caixa rejeitou.
Greve começou na terça (18), fechando 5.132 agências, segundo a Contraf.

Do G1, em São Paulo
1 comentário
A maior parte da greve dos bancários terminou nesta quarta-feira (26) e com isso as agências dos bancos privados e do Banco do Brasil devem abrir normalmente nesta quinta-feira (27). Nas das agências da Caixa Econômica Federal a greve deve continuar, já que a nova proposta dos bancos foi rejeitada na maioria das assembleias.
Bancários de bancos privados e do BB de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Campo Grande e estados como Pernambuco, Piauí, Mato Grosso e Alagoas decidiram seguir a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nas assembleias realizadas nesta quarta à noite, e aceitaram a nova proposta da Fenaban.
Já os funcionários da Caixa decidiram permanecer em greve em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Pará, Ceará, Bahia e Sergipe. “Vamos fortalecer a greve na Caixa, buscando cobrar mais avanços para os trabalhadores”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do comando nacional dos bancários.