quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A Saga da Telexfree e seus seguidores. Quando tudo isso vai terminar.

Justiça do Acre nega pedido para barrar eventual prisão de diretor da Telexfree

Empresa também desistiu de bloquear investigação criminal contra divulgadores


Reprodução
Carlos Costa, diretor da Telexfree: Justiça foi contra pedido para evitar prisão
Telexfree desistiu de tentar suspender uma investigação criminal que tem como foco os grandes divulgadores da rede no Acre – os chamados team builders. A empresa também teve negado um pedido para evitar uma eventual prisão de seu diretor de marketing, Carlos Roberto Costa.
A decisão não afeta o bloqueio sobre as contas as atividades da empresa, suspeita de ser uma pirâmide financeira, e que está em vigor há 57 dias.
As investigações criminais contra a Telexfree no Acre começaram logo depois do bloqueio das atividades da empresa em 18 de junho . O inquérito apura o cometimento de delitos como crime contra economia popular (por criação de pirâmide financeira), estelionato e lavagem de dinheiro.
Costa é um dos alvos do inquérito, mas os policiais e promotores de Justiça estão atentos sobretudo ao papel dos divulgadores – como são chamados os associados da empresa – responsáveis por atrair grandes quantidades de interessados para o negócio. Um desses grandes divulgadores contou ao MP-AC que a Telexfree tem 70 mil associados no Acre, o que representaria 10% da população do Estado.
Bloqueio de prisão e de investigação
Em 5 de agosto, os advogados da Telexfree apresentaram dois habeas corpus à Justiça. Num deles, preventivo, tentavam evitar que Costa fosse preso. O desembargador Francisco Djalma, porém, negou o pedido por considerar que não há nenhuma "ameaça concreta" à liberdade do diretor da Telexfree. A decisão foi divulgada no dia 7.
A solicitação causou estranheza ao MP-AC, segundo uma fonte ouvida pela reportagem. Costa tem residência fixa, argumenta a fonte, e não há, até agora, outros indícios que justificassem um eventual pedido de prisão preventiva – o que pode ser feito, por exemplo, se ele tentar destruir provas ou ocultar recursos.
O diretor da Telexfree já foi alvo de um pedido de prisão, feito pela Polícia Civil do Espírito Santo, onde há um segundo inquérito criminal contra ele. A solicitação foi negada pela Justiça.
O segundo habeas corpus pedia, novamente, o bloqueio do inquérito criminal. Na primeira tentativa, feita em julho, a Telexfree conseguiu suspender a investigação por 23 dias , o que causou prejuízos à apuração, segundo autoridades envolvidas no caso.