sábado, 22 de novembro de 2014

A corrupção no Brasil existe desde o descobrimento em 1500 pelos Português, veja nossa origem em pleno seculo 21...ou é mera coincidência....?

Ex-primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, é detido por corrupção

Ele terá de explicar a um juiz sobre operações bancárias suspeitas.
Outras três pessoas também foram detidas e interrogadas.

José Sócrates admite derrota de seu partido em Portugal. (Foto: AFP)

O ex-primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, foi detido nesta sexta-feira (21) por seu suposto envolvimento em um caso sobre fraude fiscal, lavagem de dinheiro e corrupção.
Sócrates foi detido ao desembarcar no aeroporto de Lisboa, em um voo procedente de Paris, segundo informam os meios de comunicação portugueses.
A procuradoria de Portugal confirmou sua detenção e a de outras três pessoas que já foram interrogadas por seu suposto envolvimento no esquema de corrupção.
"Entre os detidos se encontra José Sócrates", disse a Promotoria em comunicado, no qual acrescenta que no marco desta operação foram realizadas revistas em vários locais.
Este sábado (22), acrescenta a nota, o ex-primeiro-ministro socialista terá que comparecer perante um juiz de instrução para ser interrogado sobre 'operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiro sem justificativa conhecida e legalmente admissível'.
Esta investigação é 'independente', conclui a Promotoria, da chamada operação 'Monte Branco', iniciada em junho de 2011 e com a qual se desmantelou uma rede de lavagem de capitais com conexões entre Portugal e Suíça.
José Sócrates, considerado uns dos 'barões' socialistas protugueses, ganhou as eleições do ano de 2005 com maioria absoluta e se manteve à frente do governo até 2011.
Nascido em 1957 no Porto, norte do país, é engenheiro de profissão, e chegou ao Partido Socialista em 1981.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Nem todos são corruptos - Sempre tem alguém do bem em defesa da coisa pública: Petrobrás - Lava Jato: conheça o juiz que caça corruptos

Sergio Moro, de 42 anos, especialista em lavagem de dinheiro, é apontado como o homem certo para a tarefa
Em um país com grandes casos legais que muitas vezes se arrastam por mais de uma década e abruptamente se desmoronam em tecnicidades, o homem que lidera o inquérito da operação Lava Jato, que envolve a Petrobras, é descrito por aliados e até mesmo rivais como a pessoa certa para a tarefa.
Meticuloso, formal e reservado, o juiz federal Sérgio Moro tem atuado com sucesso em notórios casos de lavagem de dinheiro por 11 anos, e escreveu um livro sobre o assunto após estudar nos Estados Unidos.
Moro, de 42 anos, está agora avançando com um caso que já resultou em dezenas de prisões de executivos de grandes empresas de construção pesada e de petróleo, que ameaça abalar a economia e tornou-se a maior crise até agora enfrentada pela presidente Dilma Rousseff, que presidiu o Conselho de Administração da Petrobras de 2003 a 2010.
A investigação vai se aprofundar ainda mais nos próximos meses, disseram promotores que trabalham no caso, e pode ainda envolver alguns bancos nacionais, outras companhias e políticos, inclusive do PT.
A investigação apontou sobrepreço nos contratos da Petrobras.
Promotores dizem que os recursos, que alguns calculam podem chegar a US$ 8 bilhões, foram direcionados em parte para partidos políticos, de acordo com as denúncias. A Petrobras não nega nem confirma as alegações, mas afirmou que iniciou uma investigação interna.
Em um caso que envolve a estatal com US$ 68 bilhões em ativos e importantes políticos e executivos, dezenas de advogados estão esperando que Moro cometa um deslize.
Mas Moro, um leitor voraz que às vezes vai de bicicleta ao trabalho, fez cursos na escola de direito de Harvard e ensina legislação criminal às sextas-feiras, não deu muitos sinais de que pode escorregar.“Ele torna difícil o trabalho dos advogados aqui”, admitiu Antonio Figueiredo Basto, que representa um dos principais réus no caso. Ele chamou Moro de “correto, rigoroso e firme” após um depoimento esta semana em Curitiba.
Lava Jato
No escândalo da Petrobras, a Polícia Federal e promotora do Ministério Público juntam as provas, ao passo que Moro toma as principais decisões sobre quem prender ou como conduzir os testemunhos.
Ele foi alvo de críticas, especialmente por representantes do PT, que reclamaram que o vazamento de declarações de testemunhas durante a campanha presidencial deste ano aparentemente ocorreu para prejudicar a campanha de reeleição da presidente Dilma. Moro negou ser o responsável por vazamentos impróprios de informações.
Quando questionado pela Reuters sobre a investigação da operação Lava Jato, Moro mostrou ser discreto, respondendo via email que “infelizmente" ele não poderia comentar sobre o caso. “Espero que você entenda”, acrescentou.
Seu currículo inclui uma investigação que ele supervisionou de 2003 a 2007 e que ainda é o maior caso de lavagem de dinheiro do Brasil, o do Banestado, envolvendo US$ 28 bilhões, e que resultou em 97 condenações.
A experiência levou Moro “a ser ainda mais diligente, mais cuidadoso” para que seu trabalho seja mantido nas cortes mais altas, disse Anderson Furlan, um juiz que fez faculdade com Moro e o conhece há anos.
No caso da Petrobras, Moro recebeu elogios por duas importantes decisões táticas.
A primeira, rara no Brasil, foi permitir a delação premiada.
A promessa de penas reduzidas levou o doleiro Alberto Yousseff, tido como o operador do esquema de lavagem de dinheiro, e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da Costa a darem os nomes de outros indivíduos e companhias envolvidos no esquema.
Os depoimentos de Yousef e Costa levaram a grandes avanços nas investigações, que resultaram na prisão, na semana passada, de outro ex-diretor da Petrobras e executivos de algumas das principais empreiteiras do Brasil.
O segundo movimento tático de Moro foi perseguir executivos de companhias privadas e de atravessadores primeiro, acumulando provas antes de ir atrás dos políticos envolvidos.
O risco é que se e quando os políticos forem formalmente citados na investigação, Moro pode perder controle do caso, considerando o mecanismo de foro privilegiado que levaria o caso para o Supremo Tribunal Federal.
Por isso Moro recomendou que Youssef, Costa e outras testemunhas não citem nomes de políticos por enquanto em seus depoimentos, de acordo com Furlan e outros assessores.
No entanto, promotores dizem que vão perseguir o rastro do dinheiro no caso, não importa quem esteja envolvido.

“Este esquema não é restrito à Petrobras”, disse Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos seis principais promotores do Ministério Público no caso.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ESCÂNDALO NA PETROBRAS: Ninguém põe 'um paralelepípedo' no Brasil sem fazer acerto, diz advogado - Isso é o Brasil de hoje que tanto denuncie na qualidade de Vereador na cidade de São Vicente-RN.


Ninguém põe 'um paralelepípedo' no Brasil sem fazer acerto, diz advogado Mário de Oliveira Filho, responsável pela defesa de Fernando Soares.

Advogado de Baiano diz que quer acareação entre o cliente e o doleiro Alberto Youssef (Foto: Filipe Matoso/G1)


Defensor de Fernando Baiano afirma que empresários são vítimas da cultura política do país
Fernando Soares Lemos, conhecido como Fernando Baiano, envolvido na Operação Lava Jato da Polícia Federal (Foto: Reginaldo Teixeira/Veja)
Segundo ele, lobista não tem ligação com o PMDB e está sendo tratado como 'bode expiatório' no caso
GUILHERME VOITCHCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CURITIBA
O advogado do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, disse nesta quarta-feira (19) que não se faz obra pública no Brasil sem "acerto" e que quem nega isso "desconhece a história do país".
Um dos 24 presos na Operação Lava Jato, Baiano estava foragido desde sexta-feira (14) e entrou nesta terça na sede da Polícia Federal em Curitiba. Seu depoimento, marcado para esta quarta, foi adiado para sexta-feira (21).
"O empresário, se porventura faz alguma composição ilícita com político para pagar alguma coisa, se ele não fizer isso não tem obra. Pode pegar qualquer empreiteirinha e prefeitura do interior do país. Se não fizer acerto [com políticos], não coloca um paralelepípedo no chão", disse Mario de Oliveira Filho, que defende Baiano.
O advogado disse ainda que os empresários detidos na Operação Lava Jato são "vítimas da cultura política do país". A operação da Polícia Federal investiga um esquema de fraude em licitações na Petrobras.
Apesar da declaração, Oliveira Filho negou que seu cliente tenha intermediado pagamento de propina em obras da Petrobras. A participação de Baiano foi apontada em depoimentos feitos pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
"Estão tratando ele como bode expiatório. Ele é um empresário que descobre um problema de infraestrutura e vai atrás da solução, vai atrás da empresa que tem a solução, recebendo uma porcentagem absolutamente legítima disso", disse.
Segundo os depoimentos de Youssef e de Paulo Roberto Costa, Fernando Baiano seria o operador do PMDB no esquema de corrupção na estatal --o que o partido nega. O advogado do lobista também negou relação de seu cliente com a legenda.
"Dizem que ele é ligado ao PMDB. Perguntei para ele e ele disse que não conhece o Renan Calheiros, que nunca viu e que não tem ligação nenhuma com o PMDB", disse.
Mario de Oliveira Filho disse ainda que Baiano tinha passagem marcada para poder depor na PF, mas que, na sexta-feira, foi "surpreendido" com o pedido de prisão.
"Ele abriu mão de depor no Rio, onde mora, para vir a Curitiba esclarecer tudo. Estava colaborando com a Justiça."
Segundo ele, Baiano não iria responder sobre temas aos quais a defesa não teve acesso: "Só podemos nos defender daquilo que sabemos que estamos sendo acusados".

terça-feira, 18 de novembro de 2014

PF e MPF suspeitam que propina foi mascarada como doações ao PT, PMDB e PP, só nas eleições de 2010 essas empresas citadas nas investigações da Lava-Jato doaram R$ 38,6 milhões aos diretórios nacionais do PT, PP e PMDB conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Investigadores avaliam se empresas envolvidas em escândalo financiaram partidos em troca de contratos com a Petrobras

Investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Lava-Jato apuram a possibilidade de as doações de campanha feitas por pelo menos sete empreiteiras a partidos como PT, PMDB ou PP nos últimos oito anos terem sido uma forma indireta de pagamento de propina para obtenção de contratos públicos junto à Petrobras.
                                                          Paulo Roberto Costa
Em depoimento prestado em outubro à Justiça Federal do Paraná, Paulo Roberto Costa afirmou que alguns contratos celebrados pela Petrobras eram superfaturados e cerca de 3% do faturamento era destinado à partidos políticos. A suspeita da PF e do MPF é que, por meio de Costa, as doações de campanha feitas por empreiteiras, legalizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também serviam como um pagamento indireto de propina por contratos conquistados junto à Petrolífera.



Entre os nomes apontados como intermediários na obtenção de recursos de campanha estão Eduardo Hermelino Leite, Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler, pela Camargo Corrêa; José Aldemário Pinheiro Filho (Leo Pinheiro) e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, pela OAS; na UTC, o contato era com Ricardo Ribeiro Pessoa; na Queiroz Galvão, com Othon Zanoide de Moraes Filho e Ildefonso Colares Filho; na Galvão Engenharia, com Erton Medeiros Fonseca; na Engevix com Gerson de Mello Almada e na Mendes Júnior, com Sergio Cunha Mendes.

Doleiro Alberto Yousseff segue preso por outras acusações 21 10 2014. Foto: Jeso Carneiro/Agência Senado.
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As investigações da Lava-Jato apontam a possibilidade de que o ex-diretor de refino da Petrobras mantinha contato direto com representantes da Camargo Corrêa, OAS, UTC, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Engevix e Mendes Júnior para a obtenção de recursos de campanhas eleitorais.

“Alguns desses nomes (de representantes das empresas) também encontram-se anotados em agenda que foi apreendida na residência de Paulo Roberto Costa, em parte atinente a contatos junto às empreiteiras para obtenção de doações eleitorais”, afirma o juiz Sérgio Moro, nos mandados de prisão preventiva, temporária e condução coercitiva cumpridos na semana passada pela Polícia Federal.

Caso Petrobrás - Lava-jato: Delatores vão devolver R$ 423 milhões desviados dos cofres públicos. Somas, já bloqueadas, referem-se a acordos feitos por apenas cinco investigados.

BRASÍLIA - Numa série de acordos e confissões de fraudes sem paralelo em processos judiciais brasileiros, cinco delatores da Operação Lava-Jato já se comprometeram a devolver R$ 423 milhões. As somas já estão bloqueadas em contas no Brasil e no exterior, e a devolução aos cofres públicos depende apenas de decisões judiciais burocráticas. Só o ex-gerente Pedro Barusco, um dos supostos cúmplices do ex-diretor de Serviços Renato Duque, firmou compromisso de devolver aproximadamente US$ 100 milhões, algo em torno de R$ 253 milhões, segundo disse ao GLOBO uma autoridade que acompanha o caso.
O valor é superior ao que a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB) teriam gasto, cada um, durante a campanha eleitoral deste ano. Dilma planejou despesas da ordem de R$ 300 milhões. Os gastos de Aécio teriam ficado em torno de R$ 290 milhões. Trata-se também do maior volume de recursos a ser devolvido a partir de acordos de delação premiada no país. Até então, a maior quantia a ser devolvida por um delator era a do ex-secretário de Assuntos Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, operador do mensalão do DEM. Dinheiro e bens a serem devolvidos por Barbosa giram na casa dos R$ 100 milhões, conforme cálculos do Ministério Público local.
A escalada de delações, associada à confissão de culpa e à devolução de dinheiro desviado, começou com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O ex-diretor entregou a estrutura de corrupção em contratos de empreiteiras com a Petrobras e assumiu por escrito o compromisso de devolver aproximadamente R$ 70 milhões. Desse total, US$ 23 milhões (R$ 58 milhões) estão bloqueados em contas bancárias na Suíça. Com o caminho aberto, o seu ex-cúmplice no esquema, o doleiro Alberto Youssef, também decidiu confessar envolvimento com a corrupção e entregar aproximadamente R$ 50 milhões.
Não demorou, o executivo Júlio Camargo, da Toyo Setal, decidiu fazer o mesmo. O empresário concordou em pagar R$ 40 milhões a título de ressarcimento dos cofres públicos e contar ao Ministério Publico como e para quem pagou propina em troca de contratos com a maior estatal brasileira. Augusto Ribeiro, outro executivo da Toyo Setal, dispôs-se a pagar R$ 10 milhões e também complementar os relatos sobre os subornos de dirigentes da Petrobras e de intermediários das negociatas.
Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato estavam cientes da importância histórica dos valores a serem devolvidos pelos delatores. Numa cartada emblemática, procuradores obtiveram o compromisso de que Barusco devolverá aproximadamente US$ 100 milhões. Parte do dinheiro, US$ 20 milhões, já está bloqueada em contas na Suíça.

Barusco é ligado a Renato Duque, que ocupou a diretoria de Serviços da Petrobras até 2012 por indicação do PT. Barusco dediciu entregar o dinheiro depois de terem sido denunciados por Camargo e Ribeiro.

“DEPOIMENTOS DETALHADOS”.
“Com efeito, os depoimentos transcritos são bastante detalhados, revelando pagamentos de propinas em diversas obras da Petrobras, como na Repav, Cabiúnas, Comperj, Repar, Gasoduto Urucu Manaus, Refinaria Paulínea, a Renato Duque e ainda a gerente da Petrobras de nome Pedro Barusco, com detalhes quanto ao modus operandi e as contas no exterior creditadas”, sustenta o juiz Sérgio Moro ao decretar a prisão de Duque e outros 26 investigados na Lava-Jato, na semana passada. Barusco só não foi preso porque decidiu colaborar com a Justiça e devolver o dinheiro desviado. Os acordos de delação e devolução de expressivas somas em espécie são resultado do trabalho de procuradores da força-tarefa e de Sérgio Moro. Um dos procuradores, Carlos Fernando, e Moro são especialistas na questão.
Paulo Roberto Costa decidiu abrir o jogo ao Ministério Público e à Polícia Federal numa tentativa de evitar as prisões das filhas e dos genros, também acusados de envolvimento com a movimentação de dinheiro de origem ilegal. Segundo um de seus advogados, ele estava deprimido e decidiu contar tudo e devolver o dinheiro como uma forma de libertação.
Alberto Youssef resistiu longamente, mas acabou decidindo colaborar por pressão da mulher e da filha. Elas tinham receio de que o pai tivesse destino parecido com o de Marcos Valério, o operador do mensalão do PT. Valério foi condenado a mais de 40 anos de prisão. Os outros cúmplices foram punidos com penas menores, e muitos deles já estão soltos. Os outros delatores também começaram a contar o que sabem por medo de permanecerem longos anos na cadeia.