terça-feira, 2 de julho de 2013

PF faz operação contra grupo acusado de desviar verbas em mais de 100 cidades. A Corrupção é danosa a toda sociedade, mais o que mais entristece é conviver com Corruptos dia a dia e não poder fazer nada, pois a Justiça é lenta e de difícil acesso a maioria da população, tendo em vista a produção de provas e as ameaças que elas sofrem por parte dos corruptos.


Grupo é suspeito de fraudar licitações destinadas à aquisição de precatórios judiciais em 11 Estados

A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta terça-feira (02) uma operação com o objetivo de desarticular uma organização criminosa acusada de desviar recursos públicos de mais 100 cidades dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Pará, Sergipe, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Maranhão e Bahia, por meio de fraudes em processos licitatórios destinados à aquisição de precatórios judiciais.
Cerca de 100 policiais estão dando cumprimento simultâneo a 53 mandados judiciais: 20 mandados de busca e apreensão, 21 mandados de sequestro de valores, bens móveis e imóveis, 03 mandados de condução coercitiva e 09 mandados de prisão temporária.
Segundo a PF, a quadrilha, formada por empresas, pessoas físicas, servidores públicos e ex-prefeitos, fraudava processos licitatórios, direcionando as contratações a uma das empresas integrantes da organização criminosa. Essa empresa vencia as licitações com o compromisso de fazer a compensação entre precatórios judiciais e as dívidas das prefeituras, sob o argumento de uma economia de até 30% sobre os valores devidos ao INSS, prática proibida expressamente pela lei.
Os municípios mineiros que, até o momento, sofreram com a ação do grupo criminoso foram: Águas Vermelhas/MG, Capelinha/MG, Caratinga/MG, Ipatinga/MG, Itambacuri/MG, Janaúba/MG, Montes Claros/MG, Pirapora/MG, Rio Pardo de Minas/MG, Várzea da Palma/MG, Varzelândia/MG, além do CISRUN – Consórcio intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas. Somente em Minas Gerais foram desviados mais de R$ 70 milhões de.
A lista com os nomes de outros municípios que surgiram durante as investigações, bem como as provas colhidas serão compartilhadas com a Receita Federal, Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas da União, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Tribunais de Contas dos estados lesados, Receitas Estaduais, Polícias Civis e Ministério Público Federal, a fim de subsidiar os eventuais procedimentos administrativos, inquéritos e investigações desses órgãos, com a finalidade de se promover a recuperação do dinheiro público desviado.
Os presos responderão por crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, fraude às licitações, corrupção ativa e passiva, dentre outros.
Os trabalhos contam com a participação do Ministério Público de Minas Gerais e da Receita Federal do Brasil. A atuação da organização criminosa, pela complexidade, será julgada tanto pela Justiça Federal, quanto pela Justiça Estadual.

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