sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Seja um doador de órgãos e veja como deve fazer e quais os órgãos podem ser doados?

Doação de órgãos ainda é pequena para a demanda

Apesar do Brasil possuir um dos maiores programas públicos de transplantes do mundo e o número de doadores de órgãos crescer a cada dia, cerca de 70 mil pessoas ainda aguardam nas filas de transplante para se submeter à cirurgia, de acordo com o Ministério da Saúde. No próximo dia 27 de setembro será celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos.
Apenas em 2012, foram realizados 24.473 transplantes de órgãos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso.
A Lei nº 9.434/97 exige que os transplantes ocorram somente com autorização de cônjuge ou parente e após comprovação da morte encefálica por dois médicos. Neste quadro clínico, não há mais funções vitais e a parada cardíaca é inevitável. Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não consegue respirar sem a ajuda de aparelhos.
Os transplantes mais comuns são os autoplásicos, que retiram células ou tecidos de um indivíduo e as transplantam para outro local do organismo do mesmo indivíduo. O transplante heteroplásico transfere órgãos, tecidos ou células de um indivíduo para outro.
O processo de retirada dos órgãos pode ser acompanhado por um médico de confiança da família. É fundamental que os órgãos sejam aproveitados enquanto há circulação sanguínea para irrigá-los. Mas, se o coração parar, somente as córneas poderão ser aproveitadas.
A doação de órgãos também pode ser feita em vida para algum membro da família ou amigo, após uma avaliação clínica. Nesse caso, a compatibilidade sanguínea é primordial e não pode haver qualquer risco para o doador. Os órgãos e tecidos que podem ser retirados em vida são rim, pâncreas, parte do fígado, parte do pulmão, medula óssea e pele.
Para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito. A Lei estabelece que todos somos doadores de órgãos desde que, após a nossa morte, um familiar (até segundo-grau de parentesco) autorize por escrito a retirada dos órgãos.
Portanto, não basta querer ser um doador de órgãos. A família também precisa estar ciente da escolha, pois os familiares é que vão autorizar os médicos a fazer o transplante. Na Carteira de Identidade Civil e na Carteira Nacional de Habilitação a expressão “não-doador de órgãos e tecidos” deverá ser gravada, caso a pessoa opte por essa condição.
Por isso informar a opção para os familiares é importante para que o processo seja realizado com maior rapidez. As restrições de doação são apenas para portadores do vírus HIV e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão.
Depois de doado, o órgão deve cumprir os requesitos das listas de espera, que são estipuladas por ordem cronológica ou, em alguns casos, como o do fígado, pela gravidade da doença. A escolha do receptor será definida pelos exames de compatibilidade com o doador.
Por isso, nem sempre o primeiro da fila é o próximo a ser beneficiado. Caso seja incompatível com o doador, a prioridade passa para o segundo colocado na fila e assim sucessivamente. Um único doador tem a chance de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas.

Quais órgãos podem ser doados?
• Coração - retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas;
• Pulmões - retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas;
• Rins - retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas;
• Fígado - retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas;
• Pâncreas - retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas;
• Valvas Cardíacas
Quais tecidos podem ser doados?
• Córneas - retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias);
• Medula óssea - se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue;
• Pele - retirada do doador até seis horas depois da parada cardíaca;
• Cartilagem - retirada do doador até seis horas depois da parada cardíaca;
• Ossos - retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos;
• Sangue

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