segunda-feira, 4 de junho de 2012

O que o povo nunca fica sabendo, os Bastidores da Política, só quando alguem fica com raiva e revela a Verdade...

Alckmin chama de 'mentirosa' acusação de ex-diretor do Dnit
DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, classificou de mentirosa a acusação feita pelo engenheiro Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), de que o governo estadual foi usado para bancar campanhas do partido em 2010.
"Não se sabe quem fez a denúncia. Ela é mentirosa e caluniosa. Nós estamos estudando as medidas judiciais que o caso requer", disse Alckmin sobre o caso.
O engenheiro também acusou o PT de usar o governo federal para desviar recursos para a campanha da presidente Dilma Rousseff.
A acusação de Pagot foi feita em duas entrevistas publicadas durante o final de semana.
Para a revista "Istoé", ele disse que o PSDB desviou dinheiro do Rodoanel para abastecer o comitê do tucano José Serra.
Pagot afirmou que foi pressionado a liberar um aditivo de R$ 264 milhões para as obras do trecho sul do Roadoanel, que conta com recursos federais. De acordo com ele, 8% do valor do aditivo seriam destinados a Serra, a Alckmin e ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD).
Segundo Pagot, quem pediu o aditivo foi o então diretor de obras da Dersa, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, hoje fora do governo. Em 2010, Souza foi acusado de desviar recursos de suposto caixa dois do PSDB.
O engenheiro disse que os desvios não eram divididos de forma equânime entre Serra, Kassab e Alckmin: "Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin", afirmou à revista.
DILMA
À revista "Época", ele também disse que o alto escalão do PT pediu auxílio para conseguir doações de empresas que tinham contratos com o Dnit para a campanha da presidente Dilma.
Pagot foi exonerado do Dnit em 2011 após suspeitas de que havia um esquema de cobrança de propina no Ministério dos Transportes, ao qual o Dnit é ligado.
À revista "Época", ele afirmou que foi procurado pelo deputado federal José di Filippi Júnior (PT-SP), tesoureiro da campanha de Dilma, para auxiliar na arrecadação de recursos.
Após o pedido, Pagot, que naquele momento estava no comando do Dnit, afirmou ter se reunido com cerca de 40 empresas. Pelo menos 30 teriam feito doações para a campanha de Dilma.
Também à "Istoé", ele afirmou ter sido procurado pela ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) para ajudar na campanha dela ao governo de Santa Catarina em 2010. Em nota à revista, a petista negou.
No final de semana, membros da CPI do Cachoeira disseram que pretendem convocar Pagot para depor na comissão.
OUTRO LADO
Petistas e tucanos negam as acusações do ex-diretor do Dnit.
À revista "Época", Filippi Júnior disse que foi Pagot quem o procurou oferecendo três aviões do então governador de Mato Grosso, o hoje senador Blairo Maggi (PR), seu padrinho político, para auxiliar a campanha de Dilma.
Segundo o deputado, a oferta não se concretizou. Ele sustenta que esteve com Pagot novamente apenas após as eleições, quando o ex-diretor do Dnit teria ajudado a saldar dívidas da campanha, obtendo R$ 1 milhão das empresas de Maggi --os recursos foram registrados.
A assessoria do ex-governador José Serra afirmou que "trata-se de uma calúnia pré-eleitoral aloprada". "A acusação é inconsistente e a credibilidade dos envolvidos é zero", disse. A assessoria disse que Serra tomará "medidas judiciais".
Em nota, o PSDB disse que a matéria é caluniosa. "As campanhas do governador Geraldo Alckmin e de José Serra sempre contaram com doações declaradas à Justiça Eleitoral."
Kassab disse que a acusação é "improcedente e mentirosa" e que também acionará a Justiça.
José Luiz de Oliveira Lima, advogado de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, disse que também irá processar Pagot por calúnia.

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