quarta-feira, 22 de maio de 2013

O Ministro Joaquim Barbosa diz que partidos políticos são de ‘mentirinha’ e o Congresso inteiramente dominado pelo Poder Executivo.

DE QUEM É A CULPA?
Falar sobre comprometimento é algo no mínimo delicado e isso se torna ainda mais difícil quando se entra na seara política. Uma vez que, quando chega ano de eleição é impressionante como essa palavra vira doce na boca dos políticos brasileiros. Todos com discursos prontos, falando em comprometimento com a saúde com a educação, segurança pública e transporte. Porém, o que antes era doce se torna amargo, pois quando eleitos as promessas feitas são engavetadas e o que antes movia as pessoas a acreditarem na mudança agora só as fazem reclamar e lamentar as promessas nunca compridas.
Há muitos anos o cenário continua o mesmo, o que nos permite lançar a pergunta: De quem é a culpa? Seria dos cidadãos, ou seria dos políticos? Na verdade, não é de ninguém e é de todos, pois a política brasileira se tornou um circulo virtuoso, onde para ter poder ou vantagem todos se submetem ao mesmo jogo, mas que tipo de jogo? O jogo da batata quente, onde um fica passando a culpa para o outro e enquanto isso acontece o que realmente interessa não é discutido, não é resolvido.
Não sou apenas eu que penso dessa forma, mas muitos que conseguem enxergar isso, em especial, o ministro e presidente do STF, Joaquim Barbosa, confirma minha opinião quando diz que "O Congresso é dominado pelo Poder Executivo" e realmente é. Todos nós sabemos que o resultado das votações nas casas e no congresso nacional são sabidos antes mesmo de saírem os resultados, e isso se repete em todos os outros níveis de governo e de forma ainda mais descarada nos municípios que, em todos os casos, é o elo mais próximo do cidadão, entretanto é o mais distante das políticas públicas.
Bem, então seria possível dizer que os nossos políticos têm comprometimento ou não? Depende de qual contexto se fala. Se falarmos em cumprimento de promessas eleitorais, de objetivos ou de metas, a resposta é NÃO. Mas, se estivermos falando de interesses particulares, poder, status social, a resposta é SIM. Isso é fácil de responder, pois todo mundo quer o melhor para si, ninguém pensa em coletividade, o objetivo das pessoas é sempre o mesmo, tirar vantagem em tudo, se dar bem de qualquer forma mesmo que isso prejudique seu vizinho, o que importa é o meu umbigo. É triste ter que dizer isso, mas esta é a sociedade brasileira, portanto não há como falar em políticos honestos quando o povo deixa de ser coletivo para se tornar individual, cada um só pensando em si, não há como falar em responsabilidade com a coisa pública se nós nem ao menos temos noção do que isso significa.

Joaquim Barbosa diz que partidos políticos são de ‘mentirinha’

Presidente do STF critica Congresso e rusgas entre Judiciário e Legislativo aumentam.

Brasília - Era apenas uma inofensiva palestra, ontem, a alunos do Instituto de Educação Superior de Brasília, mas as declarações, feitas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, STF, ministro Joaquim Barbosa, logo vazaram e ganharam repercussão nacional, aumentando as rusgas entre Judiciário e Legislativo. Aos alunos, Barbosa afirmou que os os partidos políticos são de “mentirinha” e que o Congresso Nacional é “ineficiente” e “inteiramente dominado pelo Poder Executivo”. Mais tarde, em nota, o STF apressou-se em desculpar-se, afirmando que não houve intenção do ministro em criticar o Congresso. Mas os estragos já estavam feitos.
Barbosa fez críticas a partidos
Em viagem ao exterior, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou, através de nota da assessoria, que a crítica do presidente do STF à atuação do Congresso foi “desrespeitosa” e “não contribui para a harmonia” entre os Poderes.
Presidente em exercício da Câmara, o deputado André Vargas (PT-PR) chamou de “absurdas” as críticas de Barbosa. “Esse comportamento para presidente de um Poder é irresponsável. Ele não está preparado para o cargo”, disse.
Judiciário e Legislativo vêm protagonizando embates. O mais recente ocorreu após a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovar proposta que submete algumas decisões do STF ao Congresso.
Apoio ao voto distrital
Na palestra, Barbosa ainda defendeu adoção do voto distrital para os deputados federais. “O Poder Legislativo, especialmente a Câmara dos Deputados, é composto em grande parte por representantes pelos quais não nos sentimos representados por causa do sistema eleitoral que não contribui para que tenhamos uma representação clara, legítima. Passados dois anos da eleição ninguém sabe mais em quem votou”, disse.
“Nós não somos nomeados, nós passamos pelo voto. Ele está se comportando politicamente. Será que não está preparando um caminho?”, respondeu o deputado André Vargas.

 
 

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