TJ condena ex-deputado da 'oração da propina' a pagar R$ 3 mi ao DF
Ele terá de devolver R$ 400 mil ao GDF e pagar R$ 2,6 milhões em danos.
Junior Brunelli nega acusações contra ele; defesa vai recorrer da decisão.
Pela decisão do juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública do DF, Junior Brunelli também perde, por dez anos, os direitos políticos e a prerrogativa de contratar com o Poder Público.
As condenações são referentes às ações que tiveram por base os relatos e vídeos de Durval Barbosa Rodrigues, delator do suposta esquema de corrupção desbaratado pela operação Caixa de Pandora.
Brunelli ficou conhecido por por protagonizar a "oração da propina" (veja vídeo abaixo). Ele é a segunda pessoa investigada na Caixa de Pandora a ser condenado a devolver dinheiro aos cofres públicos. Na semana passada, a ex-deputada distrital Eurides Brito foi condenada a devolver R$ 3,5 milhões.
Segundo a denúncia de Durval Barbosa, alguns políticos recebiam propina mensalmente em troca de apoio aos interesses de autoridades do alto escalão do Executivo do DF. Durante a instrução processual, o delator afirmou que Brunelli recebia R$ 30 mil por mês para apoiar os interesses dos envolvidos no esquema.
O ex-distrital negou em depoimento judicial as acusações e afirmou que o dinheiro recebido era colaboração para sua campanha eleitoral. Ele afirmou ainda que o recebimento de recursos não contabilizados para campanha não poderiam ser caracterizados como ato de improbidade e negou ter causado dano ao patrimônio público.
Pela decisão do juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública do DF, Junior Brunelli também perde, por dez anos, os direitos políticos e a prerrogativa de contratar com o Poder Público.
PrisãoO magistrado ressaltou que a condenação desta quinta não exime o ex-deputado distrital de responder criminalmente pelos fatos.
Junior Brunelli ficou nove dias preso e foi liberado pela polícia na madrugada do dia 6 de junho. Suspeito de usar uma associação para desvio de verba pública, ele foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e formação de quadrilha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário