sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A Importância da sociedade e sua participação na politica na sua cidade.


As redes sociais e a política: uma era de revolução.

                Lembro-me que em 2010 dizia-se que viveríamos a primeira eleição "da internet", com o predomínio e a força das campanhas através das redes sociais, e que talvez fosse a última eleição "da televisão". A primeira coisa se confirmou, mas ainda não acho que a televisão vá ficar pra trás tão cedo. Ela ainda é um dos mais dinâmicos meios de comunicação, e segue, principalmente para as camadas mais baixas da sociedade, como a principal fonte de informação. 
                Mas é um fato que a internet e as mídias sociais crescem cada dia mais, e aos poucos vão roubando o espaço da televisão no papel de informar as pessoas. Só no Brasil são mais de 26 milhões de acessos mensalmente.
                Seja através de sites, blogs, Facebook, Twitter, dentre outras diversas ferramentas, os candidatos de hoje em dia sentem a necessidade de, para além da televisão e da própria rua, fazerem campanha via internet. É uma pena que muitos deles só apareçam realmente na hora de fazer a campanha e pedir o nosso voto, ao invés de continuarem conectados com o mundo virtual e com a população em geral durante os seus mandatos.
                Muito além de revolucionar as campanhas eleitorais, as mídias sociais já estão começando a revolucionar a forma de se fazer política. Talvez não tenhamos nos dado conta por estarmos vivendo a história enquanto ela é escrita, mas os computadores, a internet e as redes sociais tem a oportunidade de mudar a democracia moderna.
                Num momento em que o mundo político vive intensas turbulências, seja pela insustentação dos regimes autoritários ainda presentes em pleno século XXI, sejam pelas crises da democracia representativa, ora marcadas pela corrupção (como no Brasil), ora marcadas pelas dificuldades econômicas (como na Europa e EUA), a possibilidade de se construir uma democracia mais participativa torna-se extremamente atraente, sobretudo com as facilidades proporcionadas pelas redes sociais.
                Os exemplos são inúmeros e vem desde o Oriente Médio, no episódio da Primavera Árabe que derrubou alguns regimes autoritários e provocou mudanças governamentais em vários países, passando pelos "Indignados" da Espanha, o "Ocuppy Wall Street" iniciado em Nova York, e os gigantes protestos em prol da educação pública no Chile. Todos foram movimentos iniciados ou difundidos através de grande mobilização pelas redes sociais.
                Contudo nesse contexto de transformações, é necessário deixar claro que a participação da sociedade via redes sociais não substitui a importância os protestos de rua, pois a visibilidade que eles provocam é exatamente o que pressiona o governo por mudanças. Mas nesse caso se configura em uma ferramenta participativa, que traz na maioria das vezes a juventude para uma discussão que antes não era difundida que é a discussão sobre quais os rumos que Brasil esta tomando, e quais ele deve tomar.
(Texto Original Alterado(
ROCHA. Rodrigo Taveira, GAPEC, 08.05.2012.


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